Nenê
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Ficha Técnica
 

NOME: Éderson José Martins
MODALIDADE: Futebol
NASCIMENTO: 09/10/1953
LOCAL: Botucatu (SP)
ATIVIDADE: Depois de parar de jogar, passou a dar aulas de Educação Física na Faculdade de Barra Bonita. É pós-graduado pela Unesp de Botucatu (mestrado).
CLUBES: Atuava no Londrina e chegou em 1979 para o São José EC, depois jogou no Operário de Campo Grande (MS), Portuguesa de Desportos, Ferroviária de Araraquara, EC Bahia, CA Juventus (SP), Comercial de Campo Grande (MS) e Marília AC (SP).
CONQUISTAS: Campeão paulista da 2ª Divisão em 1980, o primeiro acesso do São José EC para o Paulistão. Um dos maiores ídolos do futebol da Águia, formando no ataque inesquecível: Edinho, Tião Marino e Nenê. Campeão estadual pelo Operário de Campo Grande (MS); campeão estadual pelo EC Bahia.

Histórico
Quando chegou a São José dos Campos no ano de 1979, Nenê não imaginava que iria compor um ataque inesquecível da Águia do Vale. Acabou construindo uma bela história e por isso tornou-se um dos maiores ídolos do futebol joseense. Edinho, Tião Marino e Nenê formaram um ataque arrasador, que levou o São José ao título da Segunda Divisão de 1980 - o primeiro acesso do clube para a divisão de elite da Federação Paulista de Futebol. E mais do que isso, levou a Águia para o campeonato brasileiro da Série A. Sentiu o gosto amargo da derrota em 1979 para o EC Taubaté, no Parque Antártica, mas o clube manteve o elenco, acreditou que tudo poderia dar certo no ano seguinte.

Foram cinco temporadas no São José EC (até 1983), tendo jogado 252 partidas e marcado 40 gols. À parte o acesso de 1980, Nenê nunca escondeu que o jogo mais marcante em termos de clássico do Vale, contra o EC Taubaté, foi o que deu ao clube a condição de disputar o Brasileirão (1981). Foi muito emocionante pela presença da torcida joseense em Taubaté, e marcou a consagração de um excelente time que deixou uma bela história no futebol paulista. Cada clássico teve suas nuances, mas para Nenê esse foi muito especial. Guarda a foto e os comentários do jornal em seus arquivos até hoje. O gol da vitória foi dele (1x0). A equipe do São José teve: Ivan; Sotter, Darcy, Ademir Gonçalves e Campina; Gerson Andreotti, Ademir Melo e Esquerdinha; Edinho, Tião Marino e Nenê, sob o comando do técnico Fidélis. Vitória inesquecível.

O velho ditado "filho de peixe, peixinho é" se aplica a Nenê, ponta esquerda especialista, chute forte, bom drible e cruzamentos precisos. Seu pai realmente foi um grande jogador, em uma época memorável do nosso futebol. Jogou por 10 anos no XV de Jaú, onde marcou época no futebol paulista e brasileiro, com seus dribles, velocidade e muitos gols. Seu apelido era GUANXUMA, que recebeu grandes elogios do ator Lima Duarte, na época repórter de campo. O pai de Nenê foi tão bom que chegou a jogar no Palmeiras, e ainda hoje é referencia como ponteiro para muitos jornalistas antigos do nosso futebol. Nenê seguiu os passos do pai e conquistou a torcida de São José dos Campos.

Seu relacionamento com os joseenses sempre foi bom, mas a sua história de superação o transformou num atleta especial junto aos torcedores. Afinal, passou a fazer muitos gols e a criar inúmeras possibilidades de gols aos companheiros, especialmente o Tião Marino. O carinho da torcida foi tanto que até recebeu uma homenagem que não esquece: um troféu feito de forma artesanal com as cores preta e branca do antigo EC São José (o Formigão), como jogador especial da torcida.

Entre suas muitas alegrias vividas em São José dos Campos, Nenê lembra a torcida aguardando a entrada triunfal da equipe na cidade após a vitória contra a Catanduvense no Pacaembu (1980), sob uma grande chuva os torcedores nos carregaram os heróis do título. A torcida invadindo o Pacaembu, o carro de bombeiro levando os jogadores, a recepção que ele e o Baitaca tivemos no Edifício Nacional onde moravam, a homenagem articulada por Zezinho Friggi o levando a um bairro distante em São José, onde crianças humildes lhe prestaram homenagens. Tudo isso Nenê não esquece.

Nenê mora na cidade de Botucatu (SP), onde nasceu, desde 1991 quando começou a se dedicar ao comércio como nova profissão. Depois passou a dar aulas na Faculdade de Educação Física da Barra Bonita, fazendo pós graduação na Unesp de Botucatu (mestrado), tem ainda uma loja, e tem novos projetos para os meus anos futuros, sempre com o apoio da família. Casado com Maria Aparecida Gomes Martins. Seus filhos chamam-se Tanise Thereza Gomes Martins (nascida em Londrina), Taíse de Cássia Gomes Martins (joseense), Thomas Gomes Martins (joseense), Tassiane Cristina Gomes Martins (araraquarense) e Monique Martins Gomes (sobrinha que criou desde os 9 anos).

Pesquisa e Redação: Alberto Simões/MESJC